segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Voltando ao amor primeiro


Recordo-me claramente daquela noite, quando pela primeira vez participei de um grupo de oração e experimentei os efeitos do amor de Deus em minha vida. Saí do lugar com uma sensação diferente, semelhante a que sentimos quando estamos apaixonados, o mundo parecia ter um colorido especial e apesar dos problemas serem os mesmos, já não tinham tanto peso. Não sei explicar ao certo o que aconteceu, mas passei por uma profunda mudança interior. De imediato, comecei a empenhar-me para que cada vez mais pessoas pudessem experimentar a mesma graça e, desde então, grande parte de minha vida é empenhada nesse objetivo. Sou feliz vivendo assim e realizo-me ao perceber que, por intermédio do meu ministério, Deus chega ao coração de tantos dia a dia. Porém, partilho com você uma experiência desconcertante que vivi dias atrás enquanto fazia o estudo diário da Palavra.

Em Apocalipse 2, 10 o Senhor diz: "Conheço as tuas obras e o teu trabalho... sofreste, e tens paciência; trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Porém tenho contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta [...]".

Levei um susto ao perceber que Deus falava diretamente comigo naquele trecho da Sagrada Escritura e tenho rezado pedindo a graça de um reavivamento interior. Então, com este propósito, comecei a ler e a refletir a respeito da perseverança. Foi quando encontrei a seguinte história: "Conta-se que um religioso, nos primeiros cinco anos de seu ministério, manteve um quadro em sua escrivaninha que dizia: 'Ganhe o mundo para Cristo'. Nos cinco anos seguintes, trocou o quadro para: 'Ganhe um ou dois para Cristo'. Depois dos primeiros dez anos de seu ministério, o quadro de sua escrivaninha dizia: 'Tente não perder muitos'. Até que um dia enquanto organizava seu armário encontrou o primeiro quadro e ficou surpreso ao perceber o quanto havia se afastado da meta, fez uma revisão de vida e voltou a colocar o primeiro quadro de volta em sua escrivaninha."

É só uma história, mas nos leva a pensar em nossos propósitos de vida cristã e nos propõe recomeçar. Fico pensando, enquanto escrevo, nas vezes em que me comprometi diante de Deus, e a partir de coisas simples, levada por inúmeras situações, acabei por me esquecer.

Pense agora nas vezes em que você afirmou, por exemplo: "Eu nunca mais faço isso!" Ou ainda: "Daqui para frente vou agir diferente"... Conseguiu cumprir o propósito? A resposta nem sempre é positiva, ou seja: falta-nos perseverança. E esse é um dos graves problemas que afetam nossa geração. Somos constantemente estimulados a buscar o prático, o imediato e o fácil. Tudo que nos custa sacrifício, tendemos a rejeitar. Desde esperar um pouco mais na fila do banco até cultivar uma planta ou lavar uma roupa à mão, escrever uma carta, etc.

A perseverança é uma das mais belas e exigentes virtudes encontradas na vida cristã, é considerada a base para alcançar as vitórias. Aliás, acredito que o motivo de encontrarmos tantas pessoas infelizes, frustradas e desmotivadas, em nossos dias, está ligado também à falta dessa virtude [perseverança]. Quem não lutou por conquistar algo, não tem muito o que comemorar.

O problema é que quem deseja perseverar, deve saber que precisa renunciar algumas coisas. O atleta que pretende perseverar na carreira, certamente vai ter de renunciar ao grande consumo de chocolate, por exemplo. O cristão, por sua vez, se deseja perseverar em sua "carreira", deve renunciar a tudo que o impede de viver dignamente como filho amado de Deus, inclusive quando se trata de relacionamentos.

Não é tarefa fácil, a renúncia sempre causa dor, mas só se alcança a vitória lutando por ela.


Continuando a ler a passagem em Apocalipse 2, encontramos no versículo 13 o seguinte: "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida." Ou seja, persevere que vale a pena! E tudo isso tem a ver com o primeiro amor, porque sem perseverarmos não conseguiremos manter acesa a chama da caridade em nossa alma, e sem a caridade, nada tem sentido.

Talvez as inúmeras atividades que fomos assumindo tenham nos afastado da meta e de nossos primeiros propósitos, mas Deus nos oferece a chance de recomeçar. E este é o momento! Lembrando que o Senhor está muito mais interessado em nosso coração do que nas obras que realizamos em nome d'Ele. Façamos uma revisão de vida e deixemo-nos conduzir por Seu amor.

Proponho vivermos a experiência daquele religioso da história. Vamos organizar nosso "armário interior" e procurar o quadro onde nosso primeiro propósito está escrito. Quando o encontrarmos, tenhamos a coragem de colocá-lo de volta na nossa "escrivaninha" e retomemos, com coragem, nosso propósito inicial. Se dermos os primeiros passos com decisão o Senhor nos ajudará a perseverarmos.

Dijanira Silva

Missionária Canção Nova - Fátima, Portugal

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

São Nicolau x Papai Noel



Como muitos já sabem, o personagem comercial "Papai Noel" foi inspirado na figura de um santo da Igreja Católica, chamado São Nicolau (comemora-se em 06/12). São Nicolau é muito amado pelos cristãos e alvo de inúmeras lendas. Filho de pais ricos com profunda vida de oração, nasceu Nicolau no ano 275 em Pátara, na Ásia Menor. Tornou-se sacerdote da diocese de Mira na Lícia – hoje Turquia –  onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam.

É padroeiro da Rússia. No Ocidente, é venerado de modo especial na França, Alemanha, Inglaterra e Irlanda. Suas relíquias foram levadas para Bari, na Itália, onde há um templo em sua honra.

Nicolau era bastante jovem quando perdeu seus pais, herdando deles uma imensa fortuna que lhe possibilitou praticar a caridade em grande escala. Um dia, soube de três moças que, por serem pobres, não tinham como pagar o dote para o casamento, e o pai, desesperado, pretendia encaminhá-las a prostituição. Nicolau foi, então, de noite, e atirou para dentro do quarto do homem uma bolsa com moedas de ouro. Poucos dias depois, casava-se a filha mais velha. Repetiu Nicolau o gesto e, logo após, casava-se a segunda filha.

No momento em que ele se preparava para atirar pela terceira vez o dinheiro, foi descoberto. Saindo das sombras onde estava escondido, o pai lançou-se aos pés de seu benfeitor, chorando de arrependimento e gratidão. Desde então, não se cansou de apregoar por toda parte os favores recebidos.

Poucos santos gozam de tanta popularidade, e a poucos são atribuídos tantos milagres quanto a São Nicolau. São Boaventura narra que em uma estalagem o dono havia assassinado dois estudantes para se apoderar do dinheiro deles. Horrorizado por esse crime hediondo, São Nicolau ressuscitou os jovens e converteu o assassino.

No dia em que foi sagrado Bispo de Mira, mal acabara a cerimônia, uma mulher atirou-se a seus pés com um menino nos braços, suplicando: “Daí vida a meu filhinho! Ele caiu no fogo e teve morte terrível. Tende pena de mim. Dai-lhe a vida!” Emocionado e compadecido das dores daquela mãe, fez o sinal-da-cruz sobre o menino que ressuscitou na presença de todos os fiéis presentes à cerimônia de sagração.

Sagrado Bispo de Mira, Nicolau conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração, e carisma de milagres. Historiadores relatam que ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado a morte, mas felizmente se salvou em 313, pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa.

São Nicolau participou do Concilio de Nicéia, onde Jesus foi declarado consubstancial ao Pai. Entrou Nicolau no Céu em 324 ao morrer em Mira com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegasse ao povo. 



"Queria ter sido um pastor" - Especial de Natal do Chaves

Quem não lembra da música do especial de Natal do Chaves, quando todos foram para a ceia no casarão do seu barriga? hehehe... Vale a pena lembrar... e Feliz Natal aos amigos leitores do nosso blog!

Documentário: "A Igreja Católica: Construtora da Civilização" - Igreja e Ciência parte 3

Para ver os capítulos anteriores clique aqui.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Que diferença faz?


Qual a diferença que a Igreja (ou Deus) faz na sua vida?Geralmente quando essa pergunta é feita, pensamos algo semelhante a:


- Se eu não estivesse aqui – na Igreja, ou em Deus – não sei o que seria de mim. Poderia estar envolvido com drogas, ou pessoas com ideais errados, etc.


Mas a pergunta busca uma reflexão mais aprofundada. Tudo bem, cada um sabe de si. Todos podem imaginar o que estariam fazendo, onde estariam, com quem, enfim. Contudo, nesse período de Advento, te convido à essas questões: Que diferença faz?Qual a real diferença que Cristo FAZ diariamente, hora a hora, em mim? Com que intensidade busco a santidade?
Não me entenda mal, a intenção não é julgar. Mas sempre ouvimos pessoas (por vezes, nós mesmos) dizendo que estão na Igreja há muitos anos. Que bom, glória a Deus. Então analisa teu crescimento nesses anos.


Não podemos estar na Igreja simplesmente envelhecendo. Precisamos crescer constantemente. Sair da planície. Lucrar com os talentos que recebemos, pois, aí sim, estaremos sendo servos bons.


Chega de colocar a mão no arado e olhar para trás. Chega de brincar de ser cristão. Chega de viver Deus só nos retiros. Que Cristo seja presença constante em nossas palavras, olhares, pensamentos e atitudes. Eis o advento para começarmos a buscar mais a confissão e uma verdadeira conversão.



Shalom

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cura da afetividade e sexualidade - Eliana Ribeiro


A Bíblia nos conta que Tobit, pai de Tobias, pediu a seu filho para que fizesse uma viagem a uma terra muito distante e, para isso, pediu que ele procurasse alguém para acompanhá-lo. Foi quando Deus, na sua bondade, providenciou um companheiro que, mais tarde, iria se revelar: era o próprio Arcanjo Rafael.
Foi Rafael quem conduziu Tobias até a casa de Ragüel, pai de Sara, com quem Tobias se casou.
O livro de Tobias tem apenas 14 capítulos e vale a pena conferirmos toda a história. Já deixo aqui o convite.
Quem já leu, sabe que Sara foi atormentada por um espírito chamado Asmodeu (separador de casais) e por isso ela nunca conseguiu consumar o matrimônio, pois em todas as tentativas, este espírito matava aquele que seria seu fututo esposo.
Meditando esta história que relata uma linda intervenção de Deus, o que eu quero destacar, é exatamente a presença do anjo Rafael, conhecido como o anjo da cura e a importância fundamental que ele teve na vida de Sara e Tobias.
saorafael151.jpgO Senhor nos quer totalmente curados e libertos para vivermos relacionamentos afetivos e sexuais que agradem o seu coração e não como nós temos visto por aí: pessoas se envolvendo sem nenhum compromisso, não respeitando mais a castidade, vivendo numa depravação total.
Assim como Deus ouviu a prece de Tobias e depois o grande clamor de Sara concedendo-lhe a libertação daquele espírito, hoje de maneira muito especial ele quer restaurar a nossa afetividade e a nossa sexualidade.
O Senhor operou esse milagre na minha vida e eu quero testemunhar aqui que é possível essa graça acontecer na sua também.
Na adolescência, devido às carências da minha história acabei me envolvendo com muitos “falsos amigos” e fui buscar os prazeres que o mundo oferece para preencher o vazio que havia em mim. Consequentemente vivi muitos namoros desregrados e me machuquei bastante na minha sexualidade.
Quando Deus entrou de cheio na minha história, depois de quase ter morrido por causa das consequências de todas as coisas erradas que eu fazia, precisei tomar uma atitute bem radical no que diz respeito à minha sexualidade.
Quem passou por isso, sabe que depois de ter vivido tudo com tanta intensidade, o quanto é difícil lutar contra os desejos carnais porque o corpo cria aquela dependência do sexo. Comecei então a me mortificar e a fazer penitências.  Precisava evitar todas as ocasiões de queda; era consciente das minhas fraquezas. Além das penitências, buscava sempre a confissão e me aproximava mais e mais de Deus. Aos poucos, com esses sacrifícios, Deus foi fazendo toda a libertação necessária e com a graça dele passei dos meus 16 anos até vir para a Canção Nova sempre lutando muito para viver a castidade e depois de um anos aqui, na fidelidade do Senhor, ele também colocou um anjo na minha vida.
Assim como São Rafael conduziu Tobias à Sara, o próprio Deus enviou a mim, o Fábio que hoje é meu esposo. Ele como Tobias, sempre teve uma vída íntegra e nunca viveu relacionamentos desregrados na sexualidade. E como Tobias foi o instrumento de cura na vida de Sara o Fábio foi e tem sido na minha.
Seja qual for a sua história, independente de você ser homem ou mulher, ter se ferido ou não, hoje o Senhor quer te levar a uma experiência de restauração.
Esteja atento (a) aos anjos que Deus coloca no seu caminho e não tenha medo de buscar ajuda, de se abrir.
Confia no Senhor e ele tudo fará!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

30 anos de CLJ em Novo Hamburgo

É, eu sei que faz tempo, mas em 2006 o CLJ fez 30 anos em Novo Hamburgo. E sabe o que eles fizeram? trouxeram ninguém mais ninguém menos que o Ministério Adoração e Vida! (do Walmir Alencar). Abaixo um vídeo do show que eles fizeram e outro do Walmir felicitando o CLJ de lá. Fica a dica...


A oração sustenta o Cristão

Pe. Reginaldo Manzotti mostra que o poder da oração é transformador em nossas vidas.


Fonte: http://www.webtvcn.com/video/poder_da_oracao/p/&web2009&acampamentos&forca_amor&

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Documentário: "A Igreja Católica: Construtora da Civilização" Introdução - parte 3




OBS: o marcador "Documentários" terá todos os episódios  do youtube, um após o outro, do mais recente ao mais antigo.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Hawking não fala como cientista ao negar obra criadora de Deus

SANTIAGO DO CHILE, segunda-feira, 6 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Não existe afirmação ou descoberta científica que possa colocar em dúvida a obra criadora de Deus, afirma o professor William Carroll, da faculdade de Teologia da Universidade de Oxford, Inglaterra.

“Nenhuma explicação da mudança cosmológica ou biológica, por mais que afirme estar baseada radicalmente no azar ou no contingente, coloca em dúvida a consideração metafísica da criação, ou seja, a dependência de todas as coisas de Deus como causa. Quando certos pensadores negam a criação apoiando-se em teorias das ciências naturais, estão compreendendo de maneira equivocada a criação ou as ciências naturais, ou ambas”, afirma Carroll em artigo no número 60 da revista Humanitas.

Com isso, ele refuta a teoria defendida pelo cientista Stephen Hawking, de acordo com a qual a criação de universos múltiplos a partir do nada “não requer da intervenção de um ser sobrenatural ou um deus”, mas “surge naturalmente das leis físicas”.

Carroll argumenta, na revista de antropologia e cultura da Pontifícia Universidade Católica do Chile: “As perguntas sobre a ordem, o desenho e o acaso na natureza se referem ‘à maneira ou modo’ da formação do mundo. As tentativas das ciências naturais de explicar estas facetas da natureza não colocam em dúvida o ‘fato da criação’”.

O professor britânico tece uma consideração sobre o recente livro A Brief History of Time, no qual Hawking pretende que as perguntas fundamentais do caráter da existência que intrigaram filósofos por milênios estão agora dentro da competência da ciência, e “a filosofia morreu”. A partir destes argumentos, Carroll convida a uma reflexão sobre o que significa a palavra “criar”, junto com uma análise da capacidade de resposta a esta pergunta a partir das ciências naturais: “a afirmação – de caráter amplamente filosófico e certamente não científico – de que o universo é autossuficiente e não existe nenhuma necessidade de um Criador para explicar porque algo existe é produto de confusões fundamentais enquanto aos âmbitos explicativos das ciências naturais e a filosofia”, escreve.

O teólogo adverte que freqüentemente se cai num “naturalismo totalizador”, que elimina a necessidade de apoiar-se em explicações que transcendam as coisas físicas. “A conclusão que a muitos parece ineludível é que não é necessário recorrer à ideia de um Criador, ou seja, a qualquer causa que esteja fora da ordem natural”.

A negação da existência de um Criador se deve, segundo Carroll, a que se supõe que ser criado requer que haja um começo temporal. Por isso, vincula-se a aceitação ou recusa de um Criador à da acolhida da explicação de um fenômeno como o Big Bang, pensando que, ao descartar-se a possibilidade deste evento original, elimina-se a necessidade de recorrer a um Deus como explicação causal. Entretanto, continua o autor, “um universo eterno não seria menos dependente que um universo temporal”.


 
Ele argumenta que a criação não é uma mudança a partir de algo já existente: “a criação é causa radical de toda existência ou tudo que existe. A criação não é uma mudança. Causar totalmente a existência de algo não é produzir uma mudança em algo, ou trabalhar num material existente ou com o mesmo. Quando se diz que um ato criativo de Deus se produz ‘a partir do nada’, isto significa que Deus não utiliza nada ao criar tudo o que é; não significa que exista uma mudança do ‘nada’ para ‘algo’.

Com isso, ele se opõe à teoria de Hawking, de acordo com a qual a criação significa simplesmente “colocar o Universo em movimento”.

“É um erro empregar argumentos das ciências naturais para negar a criação; mas também é um erro recorrer à cosmologia como confirmação da criação. A razão pode conduzir ao conhecimento do Criador, mas o caminho se encontra na metafísica e não nas ciências naturais”, escreve Carroll.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Documentário: "A Igreja Católica: Construtora da Civilização" Introdução - parte 2

Série da EWTN apresentada por Thomas E. Woods, autor do livro "Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental".

Thomas Woods graduou-se na Universidade de Harvard e é doutor em História pela Universidade de Columbia.





A coroa do Advento e seu significado

Deus se faz presente na vida de todo ser humano e de todas as formas deixa-nos sentir Seu amor e desejo de nos salvar. A palavra ADVENTO é de origem latina e quer dizer CHEGADA. É o tempo em que os cristãos se preparam para a vinda de Jesus Cristo. O tempo do Advento abrange quatro semanas antes do Natal.
Atualmente há uma grande preocupação em reavivar este costume muito significativo e de grande ajuda para vivermos este tempo. A coroa ou a grinalda do Advento é o primeiro anúncio do Natal. É um círculo de folhagens verdes, sua forma simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida. Vem entrelaçado por uma fita vermelha, símbolo tanto do amor de Deus por nós como também de nosso amor que aguarda com ansiedade o nascimento do Filho de Deus.
No centro do círculo se colocam as quatro velas para se acender uma a cada domingo do Advento. A luz das velas simboliza a nossa fé e nos leva à oração, e simbolizam as quatro manifestações de Cristo:
1° Encarnação, Jesus Histórico;
2° Jesus nos pobres e necessitados;
3° Jesus nos Sacramentos;
4° Parusia: Segunda vinda de Jesus.
Essa coroa é originária dos países nórdicos (países escandinavos, Alemanha), a qual contém raízes simbólicas universais: a luz como salvação, o verde como vida e o formato redondo como eternidade.
Simbolismos estes que se tornaram muito adequados ao mistério natalino cristão, e que por isso, adentraram facilmente nos países sulinos. Visto que se converteram rapidamente em mais um elemento de pedagogia cristã para expressarmos a espera de Jesus como Luz e Vida, em conjunto com outros símbolos, certamente mais importantes, como são as leituras bíblicas, os textos de oração e o repertório de cantos.
O comércio e o sistema deste mundo fazem questão de esquecer o verdadeiro sentido do Natal e nós podemos cair nessa, mas é possível dar presente e celebrar o verdadeiro sentido: O Menino Jesus é o nosso grande presente

Pe. Luizinho - Comunidade Canção Nova

Documentário: "A Igreja Católica: Construtora da Civilização" - Introdução: parte 1

Episódios de um documentário sobre a história da Igreja Católica apresentados pelo historiador Thomas Woods. Em breve mais episódios serão postados, mas você pode vê-los diretamente no youtube...


 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Como você corrige as pessoas?

Como você corrige seu filho, seu esposo, sua esposa, seu empregado, seu colega, seu subordinado de modo geral? É um dever e uma necessidade corrigir aqueles a quem amamos, mas isso precisa ser feito de maneira correta. Toda autoridade vem de Deus e em Seu nome deve ser exercida; por isso, com muito jeito e cautela.

Não é fácil corrigir uma pessoa que erra; apontar o dedo para alguém e dizer-lhe: "Você errou!", dói no ego da pessoa; e se a correção não for feita de modo correto pode gerar efeito contrário. Se esta for feita inadequadamente pode piorar o estado da pessoa e gerar nela humilhação e revolta. Nunca se pode, por exemplo, corrigir alguém na frente de outras pessoas, isso o deixa humilhado, ofendido e, muitas vezes, com ódio de quem o corrigiu. E, lamentavelmente, isso é muito comum, especialmente por parte de pessoas que têm um temperamento intempestivo (conhecidas como "pavio curto") e que agem de maneira impulsiva. Essas pessoas precisam tomar muito cuidado, porque, às vezes, querendo queimar etapas, acabam queimando pessoas. Ofendem a muitos.

Quem erra precisa ser corrigido, para seu bem, mas com elegância e amor. Há pais que subestimam os filhos e os tratam com desdém, desprezo. Alguns, ao corrigi-los, o fazem com grosseria, utilizando palavras ofensivas e marcantes. O pior de tudo é quando chamam a atenção dos filhos na presença de outras pessoas, irmãos ou amigos, até do (a) namorado (a). Isso os humilha e os faz odiar o pai e a mãe. Como é que esse (a) filho (a), depois, vai ouvir os conselhos desses pais? O mesmo se dá com quem corrige um empregado ou subordinado na frente dos outros. É um desastre humano!

Gostaria de apontar aqui três exigências para corrigir bem uma pessoa:

Nunca corrigir na frente dos outros.
Ao corrigir alguém, deve-se chamá-lo a sós, fechar a porta da sala ou do quarto, e conversar com firmeza, mas com polidez, sem gritos, ofensas e ameaças, pois este não é o caminho do amor. Não se pode humilhar a pessoa. Mesmo a criança pequena deve ser corrigida a sós para que não se sinta humilhada na frente dos irmãos ou amigos. Se for adulto, isso é mais importante ainda. Como é lamentável os pais ou patrões que gritam corrigindo seus filhos ou empregados na frente dos outros! Escolha um lugar adequado para corrigir a pessoa.

Gostaria de lembrar que a Igreja, como boa Mãe, garante-nos o sigilo da Confissão, de maneira extrema. Se o sacerdote revelar nosso pecado a alguém, ele pode ser punido com a pena máxima que a instituição criada por Cristo pode aplicar: a excomunhão. Isso para proteger a nossa intimidade e não permitir que a revelação de nossos erros nos humilhe. E nós? Como fazemos com os outros? Só o fato de você dar a privacidade à pessoa a ser corrigida, ao chamá-la a sós, ela já estará mais bem preparada para a correção a receber, sem odiá-lo.

Escolha o momento certo.
Não se pode chamar a atenção de alguém no momento em que a pessoa errada está cansada, nervosa ou indisposta. Espere o melhor momento, quando ela estiver calma. Os impulsivos e coléricos precisam se policiar muito nesses momentos porque provocam tragédias no relacionamento. Com o sangue quente derramam a bílis – às vezes mesmo com palavras suaves – sobre aquele que errou e provocam no interior deste uma ferida difícil de cicatrizar. Pessoas assim acabam ficando mal-vistas no seu meio. Pais e patrões não podem corrigir os filhos e subordinados dessa forma, gritando e ofendendo por causa do sangue quente. Espere, se eduque, conte até dez, vá para fora, saia por um tempo da presença do que errou; não se lance afoito sobre o celular para o repreender “agora”. Repito: a correção não pode deixar de ser feita; a punição pode ser dada, mas tudo com jeito, com galhardia. Estamos tratando com gente e não com gado.

Use palavras corretas.
Muitas vezes, um "sim" dito de maneira errada é pior do que um "não" dito com jeito. Antes de corrigir alguém, saiba ouvi-lo no que errou; dê-lhe o direito de expor com detalhes e com tempo o que fez de errado, e por que fez aquilo errado. É comum que o pai, o patrão, o amigo, o colega, precipitados, cometam um grave erro e injustiça com o outro. O problema não é a correção a aplicar, mas o jeito de falar, sem ofender, sem magoar, sem humilhar, sem ferir a alma.

Eu era professor em uma faculdade, e um dos alunos veio me dizer que perdeu uma das provas e que não podia trazer atestado médico para justificar sua falta. Ter que fazer uma prova de segunda chamada, apenas para um aluno, me irritava. Então, eu lhe disse que não lhe daria outra prova. Quando ele insistiu, fui grosseiro com ele, até que ele pôde se explicar: "Professor, é que eu uso um olho de vidro e, no dia da sua prova, o meu olho de vidro caiu na pia e se quebrou; por isso eu não pude fazê-la". Fiquei com "cara de tacho" e lhe pedi mil desculpas.

Nunca me esqueci de uma correção que o meu pai nos deu quando meus oito irmãos e eu éramos ainda pequenos. De vez em quando nós nos escondíamos para fumar longe dele. Nossa casa tinha um quintal grande e um pequeno quarto no fundo; lá nós nos reuníamos para fumar.

Um dia, nosso pai nos pegou fumando; foi um desespero… Eu achei que ele fosse dar uma surra em cada um de nós; mas não, me lembro exatamente até hoje, depois de quase cinquenta anos, da bela lição que ele nos deu. Lembro-me bem: nos reuniu no meio do quintal, em círculo, depois pediu que lhe déssemos um cigarro; ele o pegou, acendeu-o, deu uma tragada e soprou a fumaça na unha do dedo polegar, fazendo pressão, com a boca quase fechada.

Em seguida, mostrou a cada um de nós a sua unha amarelada pela nicotina do cigarro. E começou perguntando: "Vocês sabem o que é isso amarelo? É veneno; é nicotina; isso vai para o pulmão de vocês e faz muito mal para a saúde. É isso que vocês querem?" Em seguida ele não disse mais nada; apenas disse que ele fumava quando era jovem, mas que deixou de fazê-lo para que nós não aprendêssemos algo errado com ele. Assim terminou a lição; não bateu em ninguém nem xingou ninguém; fomos embora. Hoje nenhum de meus irmãos fuma; e eu nunca me esqueci dessa lição. São Francisco de Sales, doutor da Igreja, dizia que "o que não se pode fazer por amor, não deve ser feito de outro jeito, porque não dá resultado". E se você magoou alguém corrigindo-o grosseiramente, peça-lhe perdão logo; é um dever de consciência.

Prof. Felipe Aquino

(Comunidade Canção Nova, Fundação João Paulo II)

A dificuldade da reaproximação

Ninguém gostaria de viver tendo apenas uma pessoa como amiga, pois, sabemos que quanto maior o nosso círculo de amizades, tanto maiores serão as oportunidades de aprendizado a partir da vivência com cada um deles. Às vezes, preferiríamos viver numa ilha, isolados de tudo e de todos, especialmente, quando experimentamos as asperezas dos desentendimentos, comuns e pertinentes, em nossas amizades.

Quem se abre aos relacionamentos deverá estar sempre disposto a resgatar a saúde do convívio, mesmo quando inúmeras situações indiquem, como válvula de escape, a facilidade da fuga.

Em todos os nossos compromissos não viveremos apenas as alegrias das festas e o calor dos abraços saudosos daqueles que nos amam e consideram a nossa presença importante, mas também, as dificuldades. Ainda que houvesse muitos momentos de júbilo em nossas convivências e confraternizações, seguramente, haverá, também, momentos em que preferiríamos romper com a amizade e fugir do mapa.

É verdade que somente nos desentendemos com aqueles que realmente convivemos e, de maneira especial, quando as coisas não vêm ao encontro das nossas cômodas intenções. Em certas ocasiões, surge ainda o desejo de pegar um dos nossos amigos pelo pescoço, chacoalhá-lo e jogá-lo contra a parede. Certamente, tal vontade teria de ser controlada, já que esses sentimentos tendem a desaparecer com a mesma velocidade com que emergiram no calor dos ânimos exaltados.

Tal como as ondas do mar roubam as areias sob os nossos pés, as desavenças, impaciências, irritações, invejas solapam os alicerces das nossas amizades. Penso não existir coisa mais descabida numa relação pessoal que o ato de "dar um gelo" ou, como alguns preferem dizer, "matar fulano no coração", isto é, esquecê-lo.

Pelos motivos acima apontados, muitas vezes, ferimos os sentimentos daqueles com quem convivemos; talvez, na mesma intensidade de uma agressão física.

Ignorar, mudar de calçada ou desconsiderar a presença de alguém, que antes fazia parte de nosso círculo de amizade, faz com que retrocedamos ao tamanho das picuinhas dos seres mais ínfimos que podemos imaginar. Seríamos injustos se comparássemos tais atitudes ao comportamento infantil; pois na pureza peculiar de crianças sabemos que logo após seus acessos de raiva, instantaneamente voltam à amizade sem nenhum ressentimento ou mágoa.

Para nós adultos, reviver a aproximação com alguém que tenha nos ferido, não é uma atitude fácil. Ninguém é superior o bastante para estar livre dos erros e deslizes contra a harmonia de suas amizades. Podemos ser vítimas, também, de nossos próprios acessos, que refletidos em atos potencializados pela ira, descontentamento ou ciúme, tenham decepcionado um amigo com nossas grosserias ou indiferenças.

O restabelecimento desses abalos em nossas relações, ainda que não seja fácil, poderá ser possível quando tomarmos a iniciativa da reaproximação, por exemplo, a partir das atividades ou coisas que eram vividas em comum.

"Aquele que não errou que atire a primeira pedra..." Assim, nos colocando na mesma condição – sujeito aos mesmos erros – justificaremos a atitude do destrato sofrido, não como sendo um comportamento próprio do nosso amigo, mas como resultado de uma faceta ainda desconhecida dentro do nosso convívio que precisará ser trabalhada.

Deus abençoe o seu esforço,

Dado Moura

(Comunidade Canção Nova, Fundação João Paulo II)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Testemunho de Neil Velez

Conheça a história de conversão e fé do pregador Neil Velez...

Testemunho:

 
Eu estava morrendo na cama de um hospital. Especialistas do Texas e da Califórnia viajaram à cidade de Nova York para me dizer que não podiam fazer mais nada por mim e que eu teria somente três meses de vida.

As válvulas do meu coração não estavam funcionando corretamente e surgiram tumores em minha cabeça, os quais faziam com que eu tivesse convulsões. Além do mais, um desses tumores oprimiu o nervo óptico deixando-me cego. Eu tinha hemorragias internas, vomitava sangue e caía banhado naquele líquido vermelho. Também padecia de meningite.

Enquanto me encontrava prostrado naquele quarto, debatia dia e noite com Deus. Minha discussão com o Senhor se centrava basicamente na seguinte passagem bíblica: 1 Pd 2,24, que dizia: "Por Suas chagas fomos curados". Eu tentava esquecer esse versículo mas não conseguia. A cada segundo que passava me sentia mais irritado com o Senhor. Por que eu estava tão irritado? Porque esse versículo me falava em um tempo passado. Não dizia que eu ia receber a cura ou que esperava ser curado, mas que eu já estava curado, há pouco mais de dois mil anos em uma cruz. Enquanto aquele versículo atestava que eu tinha saúde, o meu corpo me mostrava exatamente o contrário. Nasci enfermo e minha condição foi piorando até perder a vista e ficar prostrado em uma cama. Toda essa situação chegou a tal ponto que começei a gritar e a brigar com Deus, dizendo-lhe textualmente essas palavras: "Duas coisas estão acontecendo aqui: Tudo isso é mentira ou eu não te conheço". Nesse momento, escutei uma voz muito clara que me respondeu: "Meu filho, verdadeiramente tu não me conheces".

Eu passei minha vida inteira dentro da igreja. Pertenço à segunda geração de um ministério, meus pais e meus tios me levavam desde pequeno com eles a retiros e vigílias. Em outras palavras, não conheço outra vida que não seja de igreja em igreja. Dediquei toda minha vida ao Senhor, me formei e me preparei na Igreja, passando inclusive por um seminário. Com 12 anos eu já estava ministrando. E Ele dizia que eu não o conhecia.

A verdade é que eu acreditava conhecê-lo. E aí está a confusão de muitos que estão convecidos da mesma coisa que eu pensava naquela ocasião. Alguns consideram que – por não faltarem nunca à Missa, receberem a Eucaristia diária e serem constantes na oração do rosário – conhecem o Senhor profundamente. Outros estão convencidos de que por estudarem Filosofia, Teologia ou Psicologia o conhecem. Assim como há aqueles que até pregam sobre Jesus Cristo e ainda não sabem sobre quem estão falando. E eu era um destes! Acreditava saber sobre Ele, não só pela minha preparação como também pela minha educação e experiência, mas eu estava equivocado. Naquela noite descobri que eu estava longe de Deus. Representava o personagem bíblico, que fala de coisas sobre as quais não entendia, conhecia-nas somente de ouvir falar (cf. Jó 42, 1-6).

Quando o Senhor voltou a me falar eu compreendi a razão das palavras d'Ele. Como pude, desci da cama, me ajoelhei e começei a chorar como uma criança. Entre gemidos lhe disse as seguintes palavras: "É verdade, meu Deus. Eu não te conheço! Mas hoje quero te conhecer". Foi o dia em que fiz a oração mais importante da minha vida. Naquele momento, humildemente, abri mão de tudo o que eu pensava ser e ter, incluindo estudos, talentos, dons e formação. Naquele dia morri para mim mesmo e para tudo que eu tinha convicção de conhecer. Assim pude permitir que Deus nascesse em mim. Momentos antes de concluir a manifestação daquelas palavras, algo aconteceu comigo. Era uma dor tão forte que dava a sensação de que minha cabeça iria explodir. Quando senti que não podia mais resistir àquele tremendo sofrimento, começei a gritar como um louco naquele quarto. Gritei tanto que os médicos vieram correndo e entraram no quarto. Logo, de repente, aquela dor desapareceu e reinou a calma. Quando parei de chorar e sequei minhas lágrimas, abri meus olhos e notei que minha visão havia voltado. Estava contemplando o rosto daqueles médicos que me olhavam atônitos. Eu lhes dizia, cheio de emoção e alegria, que podia ver. Eles estavam maravilhados e em seguida começaram a fazer vários exames em mim e descobriram que os tumores e a meningite também haviam desaparecido.

Os médicos diziam não compreender o que havia ocorrido comigo. Diziam que era conveniente que eu não tivesse ilusão, já que, em muitas outras ocasiões, ocorreram alívios passageiros. Insistiam em me recordar que só me restavam três meses de vida e que esse fato era irreversível. Recordo-me de que, logo depois de escutar o que os médicos me informaram, ter lhes dito: "Obrigado por tudo o que vocês fizeram por mim. Mas eu não vou morrer!" Eles continuavam insistindo que eram especialistas em casos como esse e que não tinham a menor dúvida de que meu fim estava próximo. Por curiosidade, igualmente, me perguntaram: "Quem te disse que isso não ia ocorrer?" E eu lhes respondi: "Deus. Por Suas chagas eu fui curado". Então, eles me proibiram de fazer atividades e eu decidi pregar incansavelmente. Recordo-me de que, na minha debilitada condição, tomava a Bíblia, começava a pregar e ensinava o que Jesus Cristo nos deu através de sua Cruz. Pregava sobre essa passagem (1Pd 2,24) e até dava testemunho da minha cura. Muitos dos que caminhavam comigo diziam que eu estava mentindo, porque a verdade era que meus dias estavam contados.

"Por Suas chagas eu fui curado". Ao final da pregação, eles me levavam para um local reservado, pois, por conta das tonturas, eu desmaiava e caía no chão banhado em sangue. Meus irmãos tinham que sair correndo comigo para o hospital. Outras vezes, permanecia inconsciente por alguns minutos caído no chão. Depois de algum tempo, eu me levantava com algum esforço, pegava o meu lenço e tentava me limpar daquele sangue como podia.

Podem me chamar de louco ou fanático, ou seja, uma pessoa que cegamente crê em algo. Hoje eu estou em pé aqui, porque cegamente acreditei em Deus. Porque caminhava crendo em meu Deus. Porque quando eu desmaiava e caía no chão, logo em seguida me levantava novamente.

Deus não respeita homens, não faz distinção entre uns e outros, porque todos somos iguais diante d'Ele. Não olhe para mim como um super-homem. Você é filho de Deus! E o que Cristo fez na cruz – o fez por você também. Por Suas chagas, as chagas do Crucificado, você também foi curado! A você basta acreditar nesse sacrifício que Ele fez por todos nós e confiar plenamente n'Ele. Jesus Cristo hoje diz a você: "Toma teu leito, vai para casa, porque já estás curado."

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?tit=Testemunho+de+Neil+Velez&cod=1671&sob=3971

Dica de música: "Em Verdade" - Walmir Alencar

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O purgatório existe?

Os católicos acreditam na existência do purgatório, mas a Bíblia não fala dele. É verdade que na Sagrada Escritura não se encontra a palavra “purgatório”, como também não achamos nela as palavras “sacramento da confissão”, “Eucaristia” e “Crisma”. No entanto, a Bíblia descreve situações, estados ou lugares que se identificam com a ideia de purgatório.
Em II Macabeus 12,43-46 lemos: “Judas, tendo feito uma coleta, mandou duas mil dracmas e prata a Jerusalém, para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição… Santo e salutar pensamento de orar pelos mortos. Eis porque ele ofereceu um sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres de seus pecados”. Ora, ser livre de seus pecados, depois da morte, pelo sacrifício expiatório, indica claramente a existência do purgatório.
Alguns biblistas percebem a confirmação do purgatório nas palavras de Jesus em Mateus 5,25-26: “Põe-te depressa de acordo com o teu adversário, enquanto estás ainda em caminho (da vida) com ele; a fim de que teu adversário não te entregue ao juiz, e o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares até o último centavo”. É claro que Jesus fala do justo juizo divino, depois da morte. Ora, sair dessa prisão depois da morte, depois de ter pago o último centavo (seja pelo sofrimento, seja pelas orações e expiações dos vivos) pode acontecer só no purgatório.
Outra alusão à existência do purgatório encontramos em I Coríntios 3,12-15: “[…] Aquele, cuja obra (de ouro, prata, pedras preciosas) sobre o alicerce resistir, esse receberá a sua paga, aquele, pelo contrário, cuja obra, (de madeira, feno, ou palha ), for queimada, esse há de sofrer o prejuízo; ele próprio, porém, poderá salvar-se, mas como que através do fogo.” Também aqui a Tradição Apostólica entendia fogo do purgatório.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Preparação para o Natal

No vídeo abaixo, professor Felipe Aquino nos mostra como podemos nos preparar nesse tempo...

domingo, 28 de novembro de 2010

A Devoção à Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa

A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças, cuja festa é comemorada no dia 27 deste mês, é um poderoso recurso oferecido pela Mãe de Deus aos homens, especialmente adequado a épocas de crise como a atual

Foi em 1830 que Nossa Senhora apareceu, em Paris, à Santa Catarina Labouré, então jovem religiosa, e lhe ensinou a devoção da Medalha Milagrosa.

“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança” — prometeu a Santíssima Virgem.

A promessa efetivamente se cumpriu. Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingia Paris.

O flagelo se manifestou a 26 de março de 1832 e se estendeu até meados do ano. A 1º de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9. No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números para evitar a intensificação do pânico popular.

No dia 30 de junho, foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa Vachette, e as religiosas Filhas da­ Caridade começaram a distribuí-las entre os flagelados. Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios que em poucos anos tornariam a Medalha Milagrosa mundialmente célebre.

O Arcebispo de Paris, que autorizara a cunhagem da Medalha e recebera logo algumas das primeiras, alcançou imediatamente uma graça extraordinária por meio delas, e passou a ser propagandista entusiasta e protetor da nova devoção. Também o Papa Gregório XVI recebeu um lote de medalhas, e passou a distribuí-las a pessoas que o visitavam.

Até 1836, mais de 15 milhões de medalhas tinham sido cunhadas e distribuídas, no mundo inteiro. Em 1842, essa cifra atingia a casa dos 100 milhões. Dos mais remotos países chegavam relatos de graças extraordinárias alcançadas por meio da medalha: curas, conversões, proteção contra perigos iminentes etc.

Na cadeira que se encontra na capela das aparições, Nossa Senhora sentou-se para conversar com Catarina, na noite de 18 de julho de 1830

Prodigiosa conversão

Mas, em janeiro de 1842, a conversão espetacular do judeu Afonso Ratisbonne — que apresenta notável analogia com a conversão do Apóstolo São Paulo na estrada de Damasco — chamaria ainda mais as atenções sobre a Medalha Milagrosa. Ratisbonne, jovem banqueiro de Estrasburgo, cheio de preconceitos e antipatias contra a Igreja Católica, estava viajando por Roma quando aceitou, meio a contragosto, uma Medalha Milagrosa que lhe ofereceu um nobre francês. Poucos dias depois, inesperada e milagrosamente, a Virgem lhe apareceu na Igreja de Sant’Andrea delle Fratte, e em poucos segundos o antigo inimigo da Igreja transformou-se no apóstolo ardoroso que viria a fundar, juntamente com seu irmão Padre Teodoro Ratisbonne, a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora de Sion, dedicada à conversão dos judeus.

Em 1876, ano da morte de Santa Catarina Labouré, mais de um bilhão de Medalhas Milagrosas já espalhavam graças pelo mundo.

Em 1894, a Santa Igreja instituiu a festa litúrgica de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, a ser celebrada no dia 27 de novembro.

Em 1980, quando se comemoravam 150 anos da revelação da Medalha Milagrosa, o próprio João Paulo II, compareceu como peregrino ao local das aparições.

Fonte: http://www.lepanto.com.br/dados/DCMMilag.html

Coexistir

Acredito que seja importante fazer alguns esclarecimentos para a sociedade (pretensão é comigo mesmo...) e em especial a todos os cristãos nesse espaço público que tenho acesso. Confesso que carrego certo receio quanto ao choque que ele pode causar ao querido leitor, mas vamos lá. Nós cristãos seguidamente somos tachados de homofóbicos, preconceituosos, intolerantes, e mais um cacho de adjetivos pejorativos variados. Somos odiados até a última gota, talvez, por boa parte do movimento LGBT (para os menos informados, essa é a sigla para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) e dos seus simpatizantes. A culpa é de quem? boa parte nossa.

A Constituição Federal Brasileira de 1988, no seu artigo 5º, estipula ser "inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”. Ótimo. Quer dizer que, como praticantes da religião católica, temos por lei assegurado nosso direito de professar a fé em Jesus Cristo e na Sagrada Escritura. A Bíblia, por sua vez, é clara e dura ao dizer a nós cristãos que o homossexualismo é errado. Eu tenho o direito de escrever isso nesse blog e, é inegável que, em uma sociedade civilizada esse direito precisa ser assegurado. Reafirmo: eu tenho o direito de expressar essa verdade bíblica. Mas eu não tenho o direito de julgar um irmão por ser homossexual. Eu não tenho o direito de ser preconceituoso, debochado, irônico ou até violento – e nós sabemos que há pessoas assim. Simplesmente não posso e não devo ser assim, porque o próprio Jesus me ensinou a amar e não a julgar. Não posso censurar uma pessoa por colocar em prática a liberdade que o próprio Deus deu a ela! Mas também não posso me isentar de dizer-lhe a verdade. Correção fraterna deve ser o nome disso, talvez. Chame como quiser.

O que estou falando não é nenhuma abominação, tampouco uma heresia. O próprio Catecismo da Igreja Católica diz, referindo aos homossexuais, que: “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida, e se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição”.( §2358). Procedemos sempre assim? Aí entra nossa parcela de culpa pelos adjetivos com os quais nos qualificam.

Nós, como cristãos, devemos ser exemplos de amor ao próximo e não o oposto. Mais vale o que vivemos do que o que falamos. De que adianta falar de amor se com atos eu odeio meu irmão? A escritura fala “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? (I João 4,20) e ainda “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (I João 4,8). Não se trata de virar militante do movimento LGBT, calar-se ou achar que nós é que estamos errados. Trata-se de amar ou simplesmente coexistir respeitosamente... e deixar para Deus o papel de juiz de todos nós.