quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Frase do dia




"Quisera eu encontrar também um elevador que me elevasse até Jesus, porque sou demasiado pequena para subir a dura escada da perfeição". 
Santa Teresinha 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Imediatismo

Imagem de DestaqueHoje em dia, estamos acostumados com a velocidade. Tudo é muito rápido: o carro, o elevador, a internet, a transação bancária, a refeição. Mal temos tempo para cultivar a convivência com nossa família, nossos irmãos e amigos. 

Aquela providência não pode esperar, aquele e-mail tem que ser enviado em cinco minutos, se até o fim do dia esta tarefa não estiver concluída será uma catástrofe... Queremos que o resultado de nossas ações seja instantâneo. Temos pressa! Não podemos esperar nem um minuto sequer. 

Lembro-me de uma entrevista com a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela falava justamente dessa pressa do mundo moderno. Ela contou que, quando era pequena, morava praticamente no meio da floresta. Seu pai era seringueiro, e toda a família acordava de madrugada, lá pelas quatro da manhã, para começar a providenciar as coisas para aquele dia. Em sua casa não havia geladeira. Era preciso caçar, conseguir lenha para o fogão, colher a mandioca e preparar a farinha, limpar a caça. Eram horas e horas só para cuidar do alimento. 

Um dia, já adulta, morando em Brasília, ela colocou um prato de comida para esquentar no microondas e percebeu que estava ansiosa porque ainda faltavam 30 segundos para sua refeição estar pronta! De repente, ela caiu em si e viu o absurdo daquela ansiedade. Aquilo fez com que ela refletisse sobre como o ritmo de vida atual nos torna imediatistas, desesperados para ver tudo resolvido instantaneamente, como num passe de mágica. 

Mas será que isso é uma característica apenas do homem de hoje? 

Na verdade, os confortos da vida moderna e todo o progresso tecnológico que vemos passar diante de nossos olhos exercem um papel fundamental nessa nossa ansiedade. Mas o imediatismo é um mal que nos persegue desde sempre e uma pedra garantida em nosso caminho em direção à cruz. 

Quantos israelitas não morreram frustrados e descrentes por não terem entrado na Terra Prometida? Quantos deles não amaldiçoaram a Deus, dizendo que a promessa que Ele havia feito ao povo nunca iria se concretizar? E quantos cristãos, no início da Igreja de Jesus, também não perderam a fé esperando a volta do Senhor, achando que isso aconteceria logo? 

(...) 

No fundo, ansiedade é falta de fé. Ficamos ansiosos porque não sentimos segurança no que teremos pela frente. 

A criança fica ansiosa no Natal porque não tem certeza se o presente dela estará lá na árvore. O aluno fica ansioso antes da prova porque não sabe como irá se sair. Mesmo quando ele acha que foi bem, na hora de receber de volta a prova corrigida, ele ainda sente um frio na barriga: e se respondi tudo errado? 

Para a ansiedade, a única resposta que nosso coração humano e inseguro consegue dar é o imediatismo e a pressa. 

Se você crê que vai alcançar a vitória e entende que essa vitória não é terrena, humana, mas é a vitória da qual participamos com Cristo, a vitória que já é certa, que já nos foi dada por Ele na cruz, por que ficar ansioso? 

Se a fé é a certeza daquilo que esperamos e daquilo que não vemos, então eu repito: ansiedade é falta de fé. 

Precisamos entender que o tempo de Deus não é igual ao nosso. Ele é o ferreiro que sabe quando estamos prontos para sair da fornalha e sermos moldados. Devemos fazer nossa parte e entregar, na fé, os objetivos, pois é a Ele que cabem os resultados.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bispos e cardeais adotaram o Twitter para se aproximar dos fieis

Os padres, bispos e até cardeais resolveram lançar mão do Twitter para aproveitar a oportunidade de comunicar de forma universal e instantânea uma mensagem o que, em muitas ocasiões, acaba sendo cansativa e antiquada.

Figura central desse movimento é o dinâmico cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, um dos cardeais mais abertos e empreendedores do pontificado de Bento XVI.

Desde o dia 20 de junho, envia tweets com frases da bíblia adaptadas à situação atual ou com reflexões interessantes.

No dia 29 de novembro, surpreendeu os usuários do Twitter com uma frase célebre do falecido Karol Wojtyla: "não há esperança sem medo, nem medo sem esperança".

Segundo o vaticanista Paolo Rodari, do jornal Il Foglio Quotidiano, pelo menos quatro cardeais costumam comunicar suas impressões no Twitter: o brasileiro Odilo Scherer, o americano Sean Patrick O'Malley, o italiano Angelo Scola e o sul-africano Wilfrid Fox Napier.

O próprio Papa Bento XVI enviou dia 28 de junho, de um iPad, um tweet com a benção da nova página do Vaticano na internet.

No entanto, Bento XVI, que costuma escrever seus discursos à mão, não envia mensagens no Twitter por enquanto.

Para Richard Rouse, um laico encarregado de desenvolver a presença da Igreja nas redes sociais, conseguir que se ouça a voz dos católicos através de blogs e tweets é um assunto ao mesmo tempo indispensável e delicado.

"Não podemos deixar de lado, mas, ao mesmo tempo, não podemos depender das redes sociais que nascem, se entrelaçam e desaparecem", comentou.

"Temos que ter critério e ser amigos de todos sem estar preso a alguém em particular", sustenta, ao resumir o lema dos católicos nos meios de comunicação.

Para o especialista, a linguagem da Igreja "é prisioneira em um mundo de conceitos que a gente não entende e, sobretudo, não chega a um amplo público".

O modelo de comunicação no Twitter direto e claro constitui um verdadeiro desafio.

O cardeal italiano, conhecido por ser um homem de cultura e interesses amplos, que tem um blog no jornal Il Sole 24Ore, defende que nas redes sociais impera um "fermento fecundo" apesar do que se pode considerar inicialmente como "degradação das culturas".

"A maioria se opõe a toda forma de monopólio sócio-cultural e a que se impõe a globalização", destaca.

Conhecido por seus "tweets-homilias", o bispo francês Hervé Giraud, envia há um ano, mensagens a seus seguidores. "Temos que limpar nossas igrejas, esvaziar nossas vidas", escreveu.

Para o bispo, trata-se de palavras que podem chegar ao coração de muitos.

"O culto do espírito passa pelo Twitter", garante, convencido de que estamos diante de uma nova era.

Os blogs e as contas no Twitter de jornalistas e correspondentes católicos se multiplicam nas redes, entre eles, brilha Antonio Spadaro, diretor da prestigiosa revista dos jesuítas Civilta Cattolica.

O "ciberteólogo", como se define Spadaro, acredita que, com o Twitter, o homem realiza um sonho antigo: se comunicar imediatamente e se relacionar com os outros.


Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/bispos-cardeais-adotaram-twitter-se-aproximar-dos-fieis-155610231.html

O ceticismo intelectual

Para muitos estudantes o ingresso na faculdade significa a realização de um sonho, a possibilidade de se prepararem para a capacitação profissional. Com isso, uma nova realidade se desdobra na vida deles. Para alguns deles, a entrada na universidade é a oportunidade de viver segundo a sua liberdade; e atraídos por tudo aquilo que o mundo oferece, assumem outros compromissos julgando-os mais importantes e urgentes. Quase que seguindo os mesmos passos de outros que os antecederam, muitos colocam a sua experiência de fé num segundo plano. Dessa maneira, pouco a pouco, abandonam o conhecimento transmitido pela Igreja.

Algumas pessoas alegam ter deixado de viver sua espiritualidade por falta de tempo e por dificuldade em conciliar os compromissos da faculdade com as atividades na paróquia. Outros justificam o afastamento por algum tipo de discriminação ou má conduta de pessoas que estão à frente dos serviços pastorais. Há aqueles que dizem ter abandonado sua religião por terem vivido algum tipo de decepção com o sacerdote ou por considerarem maçante viver os compromissos eclesiais, como a participação nas missas, a vivência dos sacramentos, entre outros. Muitas das possíveis justificativas não passam de meras desculpas.

É interessante perceber que, dependendo dos nossos interesses pessoais, somos capazes de suportar dificuldades quando vislumbramos algum tipo de benefício. Sabemos, contudo, que, mesmo na faculdade, precisaremos também atender às exigências do currículo escolar. Somos obrigados a cumprir algumas disciplinas mesmo que estas não nos agradem. Apesar de tudo, não desistimos das obrigações universitárias em vista de nossos objetivos profissionais.

Mas que vantagens temos em nos aplicar também em nossa espiritualidade?

"Conhecereis a verdade e ela vos libertará"… Para aqueles que estão envolvidos num ceticismo ditado pelos “mestres do conhecimento”, o céu e a salvação eterna são tidos apenas como utopia.

Muitos acreditam em algo somente quando são convencidos por provas científicas. Outros contestam a existência de Deus quando são apresentadas muitas calamidades que assolam o planeta, como as tragédias naturais, os genocídios em muitos países, as guerras, a miséria, entre outros. O ceticismo intelectual é capaz de convencer os estudantes a ponto de considerarem irrelevante a busca da fé. 

Que evidências poderiam sustentar a defesa de que há algo a mais, além de todas as coisas que vivemos neste plano natural?

As pessoas, cuja espiritualidade está fundamentada apenas nas sensações e nos bons sentimentos e experiências místicas a respeito das promessas de Deus, são facilmente seduzidas pelos argumentos descrentes de seus professores ou colegas.

Os grandes mártires foram testemunhas corajosas que levaram a cabo o princípio evangélico, conforme descrito em Mateus 22,37: “Amarás o teu Deus de todo coração, de toda sua alma e de todo seus espírito”. O testemunho desses homens nos faz perceber que professar a fé somente imbuídos de sentimentos não será algo suficientemente forte para suportarmos outras possíveis provações.
Nos dias atuais, de maneira semelhante, muitos cristãos passam por algum tipo de intolerância religiosa, seja na vida cotidiana ou no âmbito universitário, simplesmente, por professarem sua fé em Deus.

Muitas pessoas deixaram de viver a sua espiritualidade talvez por terem vivido apenas a superficialidade de uma fé exigente e comprometedora. Para que ninguém venha a sucumbir diante de outros argumentos é importante saber em quem estamos depositando nossa confiança, nosso coração, nossa alma e todo nosso espírito.

A cada um de nós cabe nos aprofundar no entendimento de que viver uma espiritualidade é responder a um chamado, o qual parte da necessidade íntima de um encontro com Aquele que se deixa revelar também nas descobertas científicas. Pois, ainda que tenhamos descoberto a sequência do código genético, quem poderia tê-lo programado?

Deus o abençoe. Um abraço!

Dado Moura