quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Por que 40 dias de QUARESMA???

Bom dia amados irmãos em Cristo...

Creio que a pergunta torna-se pertinente ao tempo em que estamos vivendo e as dúvidas que tem circundado o assunto.
Ontem, um amigo questionou o porque dos 40 dias de preparação para a Páscoa ao invés de um mês (30 dias)?

A duração do período quaresmal está baseada no símbolo que envolve o número quarenta na Bíblia, na qual são narrados:
- os quarenta dias do dilúvio,
- os quarenta anos da peregrinação do povo judeu pelo deserto,
- os quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha,
- os quarenta dias em que Jesus passou no deserto antes de começar Sua vida pública (período das tentações do TER, PODER e PRAZER),
- os 400 anos (40 x 10) que durou o exílio dos judeus no Egito.

Na Bíblia, o número quatro simboliza o UNIVERSO MATERIAL, seguido do número zero significa O TEMPO DE NOSSA VIDA NA TERRA, seguido de provações e dificuldades.
A vivência da Quaresma data do século IV, quando esse tempo passa a ser dedicado, de forma especial, à penitência e à renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência.

Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do Oriente, a prática penitencial desse período tem sido cada vez mais abrandado no Ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.

Juliano

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DICA DE FILME: À Prova de Fogo (VALE MUITO A PENA)


Sinopse


  • Do mesmo estilo de Desafiando Gigantes... Kirk Cameron (Deixados Para Trás) interpreta Caleb Holt, um heróico capitão bombeiro que preza a dedicação e o serviço ao próximo acima de tudo. Mas a parceria mais importante de sua vida, seu casamento, está prestes a se desfazer em fumaça. Esta história cativante acompanha o desejo de um homem em transformar sua vida e seu casamento através do poder curativo da fé e de seguir adiante pelo lema dos bombeiros: Nunca deixe seu parceiro para trás.

Redescobrir a oração - Exercícios para alcançar qualidade de vida

A oração é um exercício fundamental na busca pela qualidade de vida. Nas indicações que não podem faltar, especialmente para a vida cristã, estão a prática e o cultivo disciplinado da oração. É um exercício que tem força incomparável em relação às diversas abordagens de autoajuda, como livros e DVDs, muito comuns na atualidade.

A crise existencial contemporânea, em particular na cultura ocidental, precisa redescobrir o caminho da oração para uma vida de qualidade. Equivocado é o entendimento que pensa a oração como prática exclusiva de devotos. A oração guarda uma dimensão essencial da vida cristã. Cultivar essa prática é um segredo fundamental para reconquistar a inteireza da própria vida e fecundar o sentido que a sustenta.

É muito oportuno incluir entre as diversificadas opiniões, junto aos variados assuntos discutidos cotidianamente, o que significa e o que se pode alcançar pelo caminho da oração. Perdê-la como força e não adotá-la como prática diária é abrir mão de uma alavanca com força para mover mundos. A fé cristã, por meio da teologia, tem por tradição abordar a importância da oração ao analisar a sua estrutura fundamental, seus elementos constitutivos, suas formas e os modos de sua experiência. Trata-se de uma importante ciência e de uma prática rica para fecundar a fé.

A oração tem propriedades para qualificar a vida pessoal, familiar, social e comunitária. Muitos podem desconhecer, mas ela [oração] pode ser um laço irrenunciável com o compromisso ético. É prática dos devotos, mas também um estímulo à cidadania. Ao contrário de ser fuga das dificuldades, é clarividência e sabedoria, tão necessários no enfrentamento dos problemas. Na verdade, a prece faz brotar uma fonte interior de decisões, baseadas em valores com força qualitativa.


A oração, como prática e como inquestionável demanda, no entanto, passa por uma crise por razões socioculturais. Aliás, uma crise numa cultura ocidental que nunca foi radicalmente orante. O secularismo e a mentalidade racionalista se confrontam com aspectos importantes da vida oracional, como a intercessão e a contemplação. Diante desse cenário, é importante sublinhar: paga-se um preço muito alto quando se configura o caminho existencial distante da dimensão transcendente. O distanciamento, o desconhecimento e a tendência de banir o divino como referencial produzem vazios que atingem frontalmente a existência.

É longo o caminho para acertar a compreensão e fazer com que todos percebam o horizonte rico e indispensável da oração. Faz falta a clareza de que existem situações e problemas que a política, a ciência e a técnica não podem oferecer soluções, como o sentido da vida e a experiência de uma felicidade duradoura. A oração é caminho singular. É, pois, indispensável aprender a orar e cultivar a disciplina diária da oração. Trata-se de um caminhar em direção às raízes e ao essencial. Nesse caminho está um remédio indispensável para o mundo atual, que proporciona mais fraternidade e experiências de solidariedade.

A lógica dominante da sociedade contemporânea está na contramão dessa busca. Os mecanismos que regem o consumismo e a autossuficiência humana provocam mortes. Sozinho, o progresso tecnológico, tão necessário e admirável, produz ambiguidades fatais e inúmeras contradições. Orar desperta uma consciência própria de autenticidade. Impulsiona à experiência humilde do próprio limite e inspira a conversão. É recomendação cristã determinante dos rumos da vida e de sua qualidade. A Igreja Católica tem verdadeiros tesouros, na forma de tratados, de estudos, de reflexões, e de indicações para o cultivo da oração, que remetem à origem do Cristianismo, quando os próprios discípulos pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar”. É uma tarefa missionária essencial na fé, uma aprendizagem necessária, um cultivo para novas respostas na qualificação pessoal e do tecido cultural sustentador da vida em sociedade.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

QUARESMA: penitência=regime?

Qual a diferença? Durante a Quaresma a Igreja nos propõe um momento de reflexão. É o tempo para oferecermos algo que nos é importante como um sacrifício para que nos tornemos melhores cristãos. O que decidirmos oferecer deverá fazer com que, após esse tempo, tenhamos nos tornado melhores.

Muitas pessoas, durante esse período, decidem não comer chocolate durante 40 dias como uma forma de “penitência” e no Domingo de Páscoa quase morrem de indigestão de tantos ovos de chocolate que consomem. Muitos dizem aproveitar essa época para fazer um “regime”, pois somente assim conseguem ficar longe dessa tentação [chocolate].

Mas vamos refletir melhor sobre qual o sentido da penitência quaresmal: fazer com que, depois desse período de abstinência, tenha ocorrido alguma mudança no seu interior. De que adianta ficar 40 dias sem comer um alimento se depois ele for consumido em dobro? O que mudou em você? Apenas a contagem regressiva para chegar ao Domingo de Páscoa e poder comer os famosos ovos de Páscoa, certo? Que tal mudarmos o foco da penitência e fazer com que uma mudança de comportamento alimentar, durante a Quaresma, traga não apenas benefícios para nossa saúde física como também para a psíquica e espiritual?

Todos sabem que durante esse tempo, às sextas-feiras, devemos comer peixe, mas você já pensou em aumentar o consumo desse tipo de proteína como uma forma de penitência? Que tal colocá-lo no cardápio da família pelo menos 3 vezes durante a semana? Incrível como nos esquecemos de comer esse tipo de carne. Todas as vezes em que pergunto aos meus pacientes se eles comem carne de peixe eles respondem que até gostam, mas não têm o hábito de consumir esse alimento mais vezes na semana. Pois aqui está uma ótima oportunidade para uma mudança de comportamento alimentar e você vai notar que, após o tempo quaresmal, sentirá falta dessa importante fonte de proteína e a incluirá mais vezes no cardápio de sua casa.

#FICAADICA!!!

Dra. Gisela Savioli
Nutricionista clínica, escritora
Apresentadora do programa “Mais saúde” na TV Canção Nova

[Exercícios de Lectio] O espírito da Quaresma

Bom dia galera!

Segue um bom exercício para meditar e contemplar a palavra de Deus mais intimamente neste tempo de quaresma: a LECTIO DIVINA...

TEMA: MT 9, 14-15

Tome sua bíblia e leia algumas vezes esta passagem.

Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?”
15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”.

A Lectio Divina é um exercício da escuta pessoal da palavra de Deus. Funciona como uma escada de quatro degraus espirituais: leitura, meditação, oração, contemplação. Assim os degraus são para nos abrir a ação do Espírito Santo.

“A Quaresma é tempo propício para aprender a deter-se com Maria e João, o discípulo predileto, ao lado d'Aquele que, na Cruz, cumpre pela humanidade inteira o sacrifício da sua vida (cf. Jo 19, 25). Portanto, dirijamos o nosso olhar com participação mais viva, neste tempo de penitência e de oração, para Cristo crucificado que, morrendo no Calvário, nos revelou plenamente o amor de Deus” (Bento XVI).

OREMOS ENTÃO:

“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado; e renovareis a face da terra.

Oremos: ó Deus, que instruístes os corações

dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,

fazei que apreciemos retamente

todas as coisas segundo o mesmo espírito

e gozemos sempre da sua consolação.

Por Cristo Senhor nosso.

Amém”.

1º DEGRAU - LEITURA (LECTIO)
A liturgia de hoje nos convida a mergulhar no espírito próprio da quaresma, que não é um legalismo e um rigorismo estéril, que apresenta a radicalidade da vida de santidade como uma competição em que vou ficar observando se estou sendo melhor do que o outro. O grande prêmio do sacrifício é como diz o salmista: “Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!” Não como ritualismo, mas um sacrifício como prova de amizade diante de Deus.
Vá relendo o texto na sua bíblia, e vá descubrindo qual a mensagem do texto, quais os personagens, quem fala, qual a mensagem que Jesus quer passar ali.


2º DEGRAU: MEDITAÇÃO - O QUE O TEXTO ME DIZ?

Como estou me relacionando com Deus diante dos meus propósitos em viver na Quaresma? Será que estou apenas buscando cumpri-los mas sem gerar os frutos que são próprios de uma vida de intimidade com Deus? Busque avaliar a sua vida de intimidade com Deus.

Aprofunde na sua vida, aquilo que o texto disse, se você vive, se você precisa viver, o que fazer...

3º DEGRAU: ORAÇÃO - O QUE DIGO A DEUS?

Meu Deus de amor, Pai de infinita bondade, desejo nesta primeira sexta-feira da Quaresma apresentar os meus sacrifícios e ofertas como sendo fruto de uma intimidade contigo, sem querer ser mais santo daquilo que queres de mim, e muito menos de resistir a tua voz. Dá-me a graça de ser fiel por meio de uma vida de intimidade contigo que reflete com o respeito e amor ao próximo.
Continue , fazendo sua oração, que ela seja sincera, não pré-formulada, faça-a livremente.

4º DEGRAU: CONTEMPLAÇÃO

Senhor, apresento-te o louvor e gratidão por toda de fidelidade nesses primeiros dias da Quaresma, pois tua Palavra me adverte, como fruto do teu cuidado paterno. Tua Palavra revela as minhas misérias que são alcançadas por tua graça. Bendito seja o teu amor que me fortalece em meio às minhas dificuldades. Faça-se de mim uma oferta agradável a ti.

apresente-se diante de Deus , diante de tudo aquilo que Deus fez em sua vida através deste estudo da palavra de hoje.

Que o meu direcionamento nesse dia seja: “ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido ”!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

QUARESMA - Vamos nos preparar???

Mais uma vez, oportunidade privilegiada de acolher graças especiais reservadas unicamente a este tempo!

Mais uma vez... a ameaça de chegar ao final dos 40 dias sem ter cumprido os propósitos feitos na 4ª feira de Cinzas: Reconciliação, oração, jejum, penitência, esmola, conversão!

Por que será que todos os anos, de uma forma ou de outra, acabamos por não viver a Quaresma como gostaríamos? Tenho um palpite: porque não nos dispomos de verdade a vivê-la como Deus gostaria. Porque confiamos mais em nós do que nele.

Veja bem: quando iniciamos a Quaresma enchendo-nos de nossos bons e louváveis propósitos, acabamos por desanimar, desistir, talvez até, no 40º dia, nem nos lembrar direito do que nos dispusemos a fazer. Porque aqui - nessa situação infelizmente tão corriqueira em nossa vida espiritual – aqui, a força é nossa, o propósito é nosso, os planos são ... nossos! Resultado: desastre total. Continuamos os mesmos! Nada de ressurreição!

Que tal fazer diferente, este ano? Que tal examinar os últimos meses – ou anos! – de nossa vida e perceber em Deus o que Ele está tentando mudar em nós? Isso dá para saber não somente através do nosso caderno de oração (uma imensa ajuda!), mas especialmente pelo que Deus tentou fazer em nossa vida. Veja bem: vida exterior, mas também interior!

Podemos perguntar a Jesus, sabendo que Ele sempre nos responde: “Senhor, me faz perceber onde Tua graça está agindo – ou tentando agir – nos últimos tempos. Tens tentado me tirar do orgulho? Da vaidade? Do fechamento em mim mesmo? Do ressentimento com alguém? Da pouca oração? Da confiança demasiada em mim mesmo? Dos excessos? Da ridícula mania de achar que posso salvar a mim mesmo?”

A ação do Senhor, não nos esqueçamos, chama-se graça. É ela que muda nossa vida. É a ação do poder de amor do nosso Deus. É com ela que Ele bate à porta e pede, humilde: “Deixa-me entrar. Quero cear contigo!” Cabe a nós, como sabemos, o gesto simples, quase sem esforço, de girar a chave, baixar o trinco e abrir a porta.

Em nosso orgulho, porém, rejeitamos gestos simples. Achamos que abrir a porta para o Senhor que bate supõe que lhe tenhamos preparado aquela super ceia com os mais finos e caros manjares a exibir nossa grandeza. Pobres de nós! Nunca lhe abriremos a porta se estivermos à espera dos tais finos manjares. Só Ele no-los pode dar! Nunca encontraremos o Senhor se quisermos, primeiramente, “estar em condições”. É Ele e somente Ele quem, com sua graça, no-las dá!

Nossa auto-suficiência, aliada à soberba, pode até insinuar veladamente que essa história de graça, de porta, de batida, de ceia não passa de simbologia para nossa busca de conversão, de mudança, de “procurar ser melhor” e por aí vai. Que mania a gente tem de complicar as coisas, meu Deus!

Veja bem: nem você nem ninguém tem a mais ínfima capacidade de mudar sem a graça de Deus. Compreenda que é a graça de Deus que o transforma, não você mesmo! Tudo, mas tudo mesmo, que você algum dia realizou, mudou, cresceu, conseguiu de bom vem não de você, mas da graça!

Ihhhhhh! O que tem de gente que fica indignado ao ouvir isso! Claro, claro, sei que a graça supõe a natureza, que Deus não impõe sua vontade porque respeita sua liberdade, que Ele espera sua colaboração com a graça. Entretanto, me diga se não é verdade que ao ler que tudo, mas tudo mesmo, vem da graça de Deus, pode ter surgido lá no fundo do seu ser uma inquietaçãozinha? Um mal estar meio disfarçado, candidato a ser varrido para baixo do tapete do “não pensar”?

Mais uma vez, na Quaresma, o Senhor bate à sua porta. Esta porta cheia dos pregos pontiagudos e enferrujados do orgulho que rejeitam a submissão à graça. Porta lacrada pela auto-suficiência em todas as suas mínimas brechas. Travada com as barras de ferro da mentalidade da auto-salvação, aquela que tolamente acha que a gente se salva se fizer um monte de coisas boas a partir de nós mesmos.

Acontece que Jesus está acostumado a pregos, negações, barreiras e, insistente, compelido pelo amor, continua a bater. Uma criança, ao ouvir as batidas, irá correr até a porta, pôr-se na ponta dos pezinhos e puxar o trinco, sorrindo, acolhedora. Livre. Sem complicações. Movida pela graça, aberta à graça, sedenta da graça.

Para que essa Quaresma não seja mais um fiasco dos seus bons propósitos, comece desistindo de sua “força de vontade” e abrindo-se à graça. Comece, de preferência antes da Quaresma, seguindo o conselho de Santo Agostinho: "A confissão das más ações é o passo inicial." Depois do sacramento da Reconciliação, como resultado daquela revisão das graças de Deus não correspondidas do 6º parágrafo, tendo reconquistado, por pura graça, o mesmo estado em que você saiu no seu Batismo, corra para a porta e abra, livre, a sorrir, confiante, como uma criança.

Prepare-se para uma avalanche de graça. Em sua pródiga sabedoria, Deus reserva graças especiais para cada tempo litúrgico. Prepare-se, portanto, para uma grande avalanche. Como diz Santa Tereza, Deus se ofende quando lhe pedimos pouco. Ofende-se, portanto, quando esperamos pouco Dele. Ofende-se mais ainda quando não recebemos, não acolhemos, a fartura de graça que nos traz ao bater na porta.

Mais uma vez, Quaresma! Mais uma vez, o Senhor bate à porta! Abra, na ponta de seus pezinhos de criança e prepare-se para colher o fruto incomparável da Ressurreição.

Oração

“Jesus, dá-me a graça de viver esta Quaresma como Tu queres. Mostra-me o que Tu queres mudar em mim. Eis aqui minha primeira colaboração com Tua graça. Quero o que Tu queres. Abro a porta. Entra. Não tenho lá uma ceia muito fina, mas não quero fingir ser o que não sou. Sei que és Tu quem prepara a ceia, não eu. Dá-me a graça de comer e beber dos tesouros da Salvação conquistada por Ti na Paixão e Cruz. Eu a acolho. Acolho também a incomparável graça da Ressurreição que se segue à cruz. Tira o comando de minhas mãos. Guia-me com Tua graça. Amém”