- Os católicos têm a Bíblia como regra de fé, entretanto não a “única regra de fé”. As primeiras coisas entram primeiro na religião dos católicos. Então, os católicos são guiados em seus julgamentos religiosos, primeiro pela Igreja; e segundo, pela Bíblia, como interpretada pela Igreja católica, para a qual o mundo está endividado pela existência da Bíblia cristã.
As pessoas que usam seus “cérebros” corretamente vão para um médico quando estão doentes, e não usam a auto-medicação, para terem suas próprias prescrições. Este princípio é seguido pelos católicos que, tendo Jesus Cristo como o Médico Divino das almas, usam seus “cérebros” como o Médico Divino lhes ordenou que fossem usados, quando Cristo disse “ouça a Igreja”; a Igreja para a qual Ele delegou Sua autoridade quando Ele deu as Chaves a Pedro, com o poder de “ligar e desligar” (S. Mt. 16) que é a Igreja católica.
Se a Bíblia é a “única regra de fé”, nomeie o texto no Novo Testamento que garante tal falsa conclusão que o padre renegado, Martinho Lutero, criou! Se você usasse seu “cérebro” em vez de suas emoções anti-católicas, você perceberia o absurdo de sua suposição. Cristo prometeu estar com Sua Igreja, e não a Bíblia, até o fim do mundo. Os funcionários da Igreja cujo “cérebro” você repudia, são compostos de padres a quem S. Paulo chama de Embaixadores de Cristo (II Cor. 5,20). Repudiá-los é repudiar a Pessoa a quem eles representam. .
É lógico que os apóstolos não dependeram de uma Bíblia cristã como um guia religioso e moral porque ela ainda não existia. De fato, houve somente um dos doze apóstolos que pôde ter visto os escritos que formaram Novo Testamento. Este foi S. João, pois os outros onze tinham ido para a recompensa eterna antes que S. João escrevesse seu Evangelho, que a Igreja católica declarou ser inspirado por Deus.
A Igreja católica veio à existência antes que uma linha do Novo Testamento fosse escrita: os apóstolos pregaram o Cristo crucificado; S. Pedro converteu 3000 judeus; o Concílio de Jerusalém foi reunido e a lei judaica foi ab-rogada, antes que uma única linha do Novo Testamento fosse escrita. Antes que S. João escrevesse seu Evangelho, a Igreja católica celebrou seu jubileu de ouro; e S. Paulo poderia dizer que a fé de Cristo tinha sido proclamada por toda parte no mundo (até então conhecido - Rom. 1,8).
Você diz que a Bíblia é a Palavra de Deus, mas que evidência você tem, ou qualquer outro protestante que rejeita a autoridade da Igreja católica, para provar tal afirmação? Logicamente, os escritos em si não podem provar que eles foram inspirados por Deus. Só a resposta católica para esta questão pode estar no teste de raciocínio de direito, isto é: Eu acredito que a Bíblia é a Palavra de Deus porque a Igreja católica, por sua Divina autoridade, disse assim no Concílio de Cartago (397 d.C.), com a confirmação do Papa, quando ela selecionou os escritos que foram inspirados por Deus, para formar o cânon cristão das Sagradas Escrituras. A racionalidade disto foi reconhecida por um professor protestante, Dr. Marcus Dods, que veio da Escócia aos EUA para dar uma série de conferências que foram publicadas em um livro chamado "A Bíblia, Sua Origem e Natureza” (1940). Ele diz (pp. 31-32):
“Se você pergunta para um romanista por que ele aceita certos livros como canônicos, ele terá uma resposta perfeitamente inteligível. Ele aceita estes livros porque a Igreja o licita a fazer assim. A Igreja determinou quais livros são canônicos e ele aceita a decisão da Igreja. Se você pergunta para um protestante o porquê dele acreditar que apenas esses livros que constam na Bíblia são canônicos, e não mais nem menos, creio que 99% dos protestantes seria incapaz de oferecer uma resposta satisfatória para o homem razoável. Os protestantes desprezam os romanistas porque estes confiam na autoridade da Igreja, mas o protestante não pode lhe dizer em que autoridade que ele confia. A senha protestante é: ‘a Bíblia, a Bíblia inteira e nada mais que a Bíblia’, mas quantos protestantes poderiam deixar claro que os livros que eles têm em suas Bíblias são os livros canônicos e nada mais que a Bíblia"?
S. [João] Crisóstomo, o arcebispo católico de Constantinopla, foi o que deu o nome à "Bíblia". Certamente, S. Agostinho, o bispo de Hipona, não estava deixando de usar seu cérebro quando disse: "Eu não acreditaria na Bíblia se não fosse pela autoridade da Igreja católica”.
Por David Goldstein (Obs: o autor é ex-judeu convertido ao catolicismo)
Tradução: Stephen Adams
Fonte: www.veritatis.com.br
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