quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"O Estado é laico, portanto não se pode tomar por base critérios morais ditados pela religião se a decisão do voto também terá impacto na vida dos não-cristãos, ateus e agnósticos." Será?

Pe. Berardo Graz

Há quem diga que a escolha de um candidato deve prescindir das nossas “opções religiosas”. Normalmente quem pensa assim começa com aquele velho [e, para mim, insuportável] argumento de que “o Estado é laico, portanto não se pode tomar por base critérios morais ditados pela religião se a decisão do voto também terá impacto na vida dos não-cristãos, ateus e agnósticos”.

Então quer dizer que eu devo me desfazer das minhas convicções para aderir a uma convicção que se alinhe ao senso comum?

E se o que o senso comum determinar não for o melhor para todos?

E se a voz do povo não for a voz de Deus?

Vou ter que me consolar com a ideia de que “pelo menos não me dei mal sozinho”? Vou ter que driblar minha consciência, moldar meu posicionamento e minha orientação política para seguir, bovinamente, as escolhas de uma sociedade- em muitos aspectos- doente?

Que mal há em lastrear as minhas escolhas em uma moral religiosa que está arraigada em mim e que eu, sinceramente, acredito ser o melhor não só para mim mas para toda a sociedade?

(...)

Fonte (ver na íntegra em): http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

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